“Não temos receio de dizer que este é o primeiro livro dedicado às bombas de chimarrão, objetos tão familiares para nós no Sul do Brasil, mas, ao mesmo tempo, tão pouco conhecidos. Foi justamente a vontade de saber mais sobre elas, além do já escrito e relatado, que deu estímulo à aventura da pesquisa”.
Com esta frase, Ricardo da Silva Mayer, designer gráfico com mais de 30 anos de experiência profissional e mestre em Patrimônio Cultural pela UFSM, resume o projeto de seu livro Bombas de Chimarrão – Origens, Tradição e Cotidiano, que busca financiamento coletivo pela plataforma Catarse.
A publicação é mais um passo de uma trajetória de investigação que começou em 2014, tomou corpo durante o mestrado em Patrimônio Cultural na Universidade Federal de Santa Maria de 2017 a 2018 e resultou numa exposição itinerante, apresentada em museus e espaços culturais de Santa Maria, São Pedro do Sul, Ijuí, Bagé e Porto Alegre em 2019.
Com a interrupção do ciclo de exposições devido à pandemia de Covid-19, Ricardo dedicou-se então a organizar o conteúdo de pesquisa, que conta com a catalogação de objetos e mais de 150 fotos e imagens históricas, transformando a dissertação em livro e democratizando o seu acesso a mais pessoas, fazendo um importante registro de nossa cultura para as gerações futuras.
Origens, tradição e cotidiano são os três eixos que embasam a obra, cujo conteúdo vem sendo detalhado a partir de uma pesquisa documental que tem início no século 16, em várias línguas, e de imagens pouco conhecidas datadas a partir do século 18, revelando dados surpreendentes sobre a origem do artefato. Uma das descobertas é de que o seu desenvolvimento coincide com o estabelecimento das tradições gaúchas e a estética da prataria regional, conforme revelam peças localizadas e fotografadas em museu e coleções particulares. Sempre com um olhar para o contemporâneo, investiga também a relação que as pessoas têm hoje com as bombas que guardam e usam em seu dia a dia, igualmente registradas como objetos de grande relevância cultural.
Para saber mais, acesse as páginas do projeto no Facebook e Instagram. E para colaborar com a sua concretização, confirme o seu apoio pela plataforma Catarse, clicando aqui.